Quanto vale a sua palavra?

No primeiro Congresso para o Sucesso de maio, o Bispo Renato Cardoso trouxe uma direção de Israel para abençoar os participantes

Quanto vale a sua palavra?

“Omundo é dos mais espertos”. Não existem estatísticas oficiais, mas é provável que 99,9% da população brasileira com mais de dez anos de idade já tenha ouvido essa expressão alguma vez na vida. No Brasil e até no exterior, infelizmente, o brasileiro ainda é conhecido por seu “jeitinho”, que é usado como sinônimo de corrupção, suborno, mentira e criatividade.

Esta última, inclusive, é uma marca do País e é noticiada quase diariamente nos meios de comunicação. Afinal, quando se fala de golpes financeiros, o que não tem faltado é criatividade. Existe golpe do amor, do WhatsApp, do boleto falso, da falsa central de atendimento, da pirâmide financeira e até da falsa delegacia. A lista é longa.

Claro que a maioria dos brasileiros é vítima desses crimes. Mas será que essa cultura da esperteza também não está camuflada em sua vida?

Quem é dono de quê?
Após uma viagem missionária à Israel, o Bispo Renato Cardoso realizou o primeiro Congresso para o Sucesso de maio no Templo de Salomão, em São Paulo. No mês do trabalhador, a palestra teve como foco algumas características de Abraão e a relação delas com a prosperidade.

A Palavra de Deus orienta que todos olhem o exemplo de Abraão, o pai da Fé. E não é para menos, afinal, foi a partir de Abraão e Sara que Deus deu início a Israel. Hoje, 74 anos após ter sido novamente considerada uma nação, o país se transformou em uma grande potência mundial, depois da longa e turbulenta história de seu povo. Entre as características de Abraão estava a consciência de que tudo o que possuía vinha do Alto. Isso fica claro no livro de Gênesis (14.22), que relata: “Abraão, porém, disse ao rei de Sodoma: levantei minha mão ao Senhor, o Deus Altíssimo, o possuidor dos céus e da terra (…)”.

Tudo o que hoje pertence a uma pessoa em menos de 100 anos pertencerá a outra, afinal o período do ser humano na Terra é passageiro e isso fazia parte do entendimento de Abraão. “O verdadeiro dono é o Senhor, é o Criador. E Abraão tinha consciência disso. Se você se acha dono de alguma coisa, se você corre atrás de alguma coisa achando que quando tomar posse vai ser feliz, você não entendeu ainda a visão de Deus. Tudo é de Deus e tudo Ele criou para o benefício dos seus filhos”, explicou o Bispo Renato.

Com essa visão, aquele que deseja ser próspero não precisa ter ânsia de acumular fortunas, mas entender que Deus é o dono de tudo e que dá graciosamente Suas riquezas àqueles que O agradam. Na teoria, a ideia é simples, mas, na prática, exige sacrifício diário, afinal, o mundo vive em uma constante corrida, onde muitos lutam para serem os primeiros e ganharem a todo o custo, mesmo que isso exija ser injusto, mentir ou até mesmo trapacear.

Oportunista, eu?
Uma pessoa oportunista é aquela que aproveita as oportunidades para sair na frente, normalmente sem se preocupar com a ética. Abraão, por meio de suas atitudes, ensina que tirar proveito do próximo não é válido nem quando se tem direito.

A Palavra de Deus diz que na região onde Ló, sobrinho de Abraão, morava, quatro reis venceram outros cinco reis e tomaram para si todas as riquezas e o povo daquele lugar. Em busca de recuperar a liberdade de Ló, Abraão entrou em guerra contra os reis e venceu. Pelo costume, o vencedor tem direito de levar tudo o que é do outro. Porém, Abraão surpreendeu ao dizer: “Jurando que desde um fio até a correia de um sapato, não tomarei coisa alguma de tudo o que é teu; para que não digas: eu enriqueci a Abraão” (Gênesis 14.23).

Alguns poderiam chamar essa atitude de orgulho ou até de burrice, mas ela foi justa, conforme esclareceu o Bispo Renato Cardoso: “o conceito de Abraão era o seguinte: ‘eu não quero tomar posse de nenhuma riqueza que seja fruto de sangue, de guerra, de injustiça. Eu não fui a esta guerra para ficar rico, eu fui a esta guerra para resgatar o meu sobrinho e resgatei. Não vou me aproveitar da guerra, da situação calamitosa de outras pessoas para me enriquecer’”.

Deus já tinha feito a promessa de que Abraão seria muito rico e ele cria nessa palavra e não buscava enriquecer por meio do sangue de outras pessoas. “Israel guarda até hoje alguns conceitos que estão enraizados na sua cultura que fazem toda a diferença naquilo que eles fazem, como se organizam em sociedade. E um deles é o conceito da palavra. A palavra empenhada. A palavra lá tem valor”, disse o Bispo.

O conceito é simples, mas a realidade vista no Brasil e em muitos outros lugares do mundo é que poucos têm o entendimento do valor da palavra. “Mesmo crendo em Deus, que é o Deus da justiça, elas acabam recorrendo à injustiça para tentar obter vantagem. O mundo em que nós vivemos, em geral, não acredita na justiça, mas na esperteza.”

Zelar pelas coisas do próximo
Talvez você, caro leitor, tenha a firme convicção de que vive de uma forma transparente e não tira vantagem de ninguém. Mas você tem vivido na justiça ou apenas cobrado a Justiça de Deus?

Jesus ensina que “se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso?” (Lucas 16.12). Com base nesse versículo, o Bispo Renato chamou a atenção para formas sutis de trapaça, como o funcionário que bate o ponto e sai para fazer outras atividades, dando a entender que está trabalhando, mas na verdade não está.

O mesmo serve para aquele empresário que engana seus clientes, vende um produto e entrega outro. “Como a bênção de Deus vai estar sobre sua vida se você recorre ao engano e à mentira para ganhar dinheiro? Por acaso você pode contar com Deus? Não! Você pode até ganhar dinheiro, mas de que forma? Se você está arrebentando por meio da esperteza, não é por Deus que você está arrebentando. E a conta vai chegar para você”, alertou.

Mudança de pensamento
Para que uma pessoa seja descendente da fé, o Bispo afirmou que ela precisa “ser diferente do resto do mundo”. Claro que isso não é fácil. Além dos conflitos internos, muitos vão criticar as novas atitudes e zombar dela. Porém, ela precisa estar convicta de seu propósito para permanecer na fé.

O Bispo Renato comentou que o mundo é dos espertos, mas as regras do Reino de Deus são diferentes. “O Fiel, o que crê, o que é descendente de Abraão na fé, ele não recorre à esperteza, ele não recorre a jeitinhos, à corrupção. Ele trabalha com a Palavra e com a Justiça”, finalizou.

fonte: Universal.org

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