Ter uma vida baseada em sentimentos gera estagnação e deixa o ser humano mais vulnerável
Você já parou para pensar na quantidade de emoções que um ser humano é capaz de manifestar? São inúmeras e, por vezes, indescritíveis e intensas. Na tentativa de mapear os principais sentimentos humanos, um grupo de pesquisadores da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, identificou 27 reações emotivas comuns. Entre elas, se destacam admiração, adoração, alívio, ansiedade, inveja, medo, raiva, tristeza e alegria.
Apesar de as emoções fazerem parte da natureza humana, uma coisa é certa: ser dominado por elas é extremamente prejudicial ao ser humano. E isso é ainda mais preocupante quando a Fé se mistura com os sentimentos. Nesse caso, os resultados podem ser desastrosos e impactar a vida da pessoa em todos os aspectos.
Na prática, funciona da seguinte forma: uma pessoa que se deixa levar pelo que sente costuma não parar para pensar e a falta da razão a leva a fazer escolhas precipitadas e a cometer erros sucessivos, como explica em seu blog a colunista Viviane Freitas: “enquanto não compreendermos o sentido das coisas, vamos continuar fazendo as mesmas coisas e não vamos parar de errar. E errar tem consequências. Todos nós erramos, mas não deveríamos continuar errando. Deveríamos aprender com os nossos erros.
Deveríamos observar com mais precisão aquilo que nos faz errar”.
O que é fé?
A Palavra de Deus deixa claro no livro de Hebreus 11.1 que a Fé é “o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem”. Desta forma, o cristão verdadeiro tem a sua esperança fundamentada nas Escrituras Sagradas e não nas circunstâncias ao seu redor, que geram sentimentos dentro dele. Sendo assim, a Fé é um elemento essencial para o ser humano não se iludir com o dia bom nem desistir no dia mau.
Enquanto a Fé tende a levar o cristão a avançar, as emoções o fazem parar e ficar remoendo todos os sentimentos. “Às vezes, você sofre porque vive distraído com as suas emoções e não se lembra da Fé. E por que isso? Porque a Fé demanda constância com os pensamentos em Deus, em Sua Palavra, mas, quando você se distrai com as emoções, aí entra a fraqueza”, detalha Viviane.
Para saber qual é o seu tipo de fé, basta observar suas reações em momentos de dificuldade. O que prevalece é o medo ou a certeza de que Deus pode transformar toda e qualquer maldição em bênção? No dia a dia, existe perseverança em agradar a Deus ou explosões de raiva e estresse com qualquer situação fora do planejado? “Avalie todos os dias o tipo de conversa que você tem e com que você se preocupa, porque o mundo não quer que você pense. Os outros querem pensar por você”, aconselha Viviane.
Investir no que vale a pena
Não existe um comprimido que do dia para a noite neutralize as emoções e fortaleça a Fé. Esse é um trabalho árduo, diário e individual. “Jesus ensina a todos nós a passar por cima daquilo que quer nos dominar, pois a decisão de guardar o sentimento é nossa e a de expulsá-lo também. Se eu quero dominar o mal, tenho que vencer o mal que quer me dominar”, explica Viviane.
Segundo ela, o caminho para estar forte e preparado para os sentimentos que nos rondam com mais intensidade é estar em contato com a Palavra de Deus. “A meditação nos leva a raciocinar, a pensar, a buscar em Deus ajuda naquelas coisas que ainda não vencemos. (…) Quando você estiver sentindo algo, com pena de si mesma, do sacrifício que você tem que fazer, não há outra maneira de combater a emoção a não ser raciocinando”, diz.
No entanto, para que a Fé passe a dar bons frutos, é preciso ter como referência a mente de Cristo. “O sentimento só perde força quando nós raciocinamos com o objetivo do que é justo para Deus.
Por isso, sempre alie seus pensamentos a Deus para se consultar naquilo que é certo, porque Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida”, conclui.