O roubo da arca da Aliança

Na primeira semana de abril, a superprodução Reis, exibida pela Record TV, mostrou o roubo da Arca da Aliança pelos filisteus. O que isso pode nos ensinar?

O roubo da arca da Aliança

É comum usarmos objetos como ponto de contato entre a fé e a ação de Deus, como o azeite, um folheto e até mesmo uma fotografia ou uma peça de roupa. Às vezes, há quem se esqueça que o agir do Altíssimo não depende da presença desses símbolos, mas, sim, da fé nEle. Isso é evidente na história de Israel.

Um exemplo foi a Arca da Aliança, construída como símbolo da aliança entre Deus e Seu povo. “Ela tem o mesmo sentido da aliança que carregamos no dedo. A Arca representa a Palavra de Deus empenhada para todos nós que cremos, mas depende também da nossa palavra para com Ele. Palavra empenhada, obedecida e praticada”, explicou o Bispo Edir Macedo durante viagem missionária, reforçando a importância de se ter olhos espirituais para entender essa simbologia.

Aliança até na guerra
Desde a peregrinação rumo à Terra Prometida, a Arca era levada ao campo de batalha pelos sacerdotes como instrumento de guerra. “A Arca da Aliança seguia à frente dos filhos de Israel porque representava a Presença de Deus adiante deles. Não havia melhor maneira de provar que o povo não pereceria”, escreveu o Bispo Macedo na Bíblia Sagrada com As Anotações de Fé do Bispo Edir Macedo. Apesar da onipotência de Deus, Sua intervenção dependia da fé, da intenção e da obediência do povo.

Na superprodução Reis, da Record TV, é possível acompanhar um momento emblemático envolvendo a Arca da Aliança, que foi descrito no capítulo 4 de 1 Samuel. Em confronto com os filisteus, o Exército israelita perde duas vezes. Depois da primeira derrota, soldados questionam se a presença da Arca teria lhes garantido a vitória e Obede (interpretado por Alex Morenno), que se revela um homem temente a Deus na trama, lembra que “Deus nunca precisou que a Arca estivesse na batalha para estar com Israel”.

Tanto que na batalha seguinte, além de perderem, a Arca da Aliança é levada pelos inimigos. Diante disso, surge o questionamento: por que Deus permitiu a derrota de Israel e o roubo do símbolo da aliança entre Ele e Seu povo? A resposta é: Israel precisava enxergar sua condição espiritual. Há tempos o povo estava contaminado pela religiosidade e longe do Senhor e via a Arca da Aliança como um amuleto, ou seja, depositava sua fé no objeto e não nEle. Não havia nenhum resquício de obediência à Sua Lei. O povo só se lembrava de Deus nos momentos difíceis e, geralmente, para culpá-Lo.

Enquanto isso, os filisteus tiveram de lidar com as consequências do roubo da Arca da Aliança. Por sete meses, eles sofreram com a impotência de seus deuses e doenças “porque havia mortal vexame em toda a cidade, e a mão de Deus muito se agravara ali” (1 Samuel 5.11). Então, voluntariamente, eles devolveram a Arca e ainda enviaram “uma oferta para a expiação da culpa” (1 Samuel 6.3).

Como não repetir o mesmo erro de Israel?
Hoje, muitos pensam que ter uma Aliança com Deus é apenas frequentar assiduamente a igreja, possuir um título eclesiástico ou fazer votos, jejuns e orações – afinal, essas são práticas comuns aos que decidiram entregar suas vidas a Ele. Mas, para não perder as batalhas diárias nem Sua Presença, é preciso muito mais do que cumprir hábitos religiosos.

Para manter a aliança, é necessário temor e obediência à Sua Palavra, além de buscá-Lo pelo que Ele é e não só pelo que Ele pode fazer. O Bispo Macedo destaca que para isso é necessário estar em espírito: “viver em espírito e andar na Presença do Espírito de Deus é caminhar com seus pensamentos voltados para os pensamentos de Deus”. Só assim poderemos dizer “combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2 Timóteo 4.7).

Acompanhe Reis, de segunda a sábado, a partir das 21h, e as reflexões sobre a trama, semanalmente, na Folha Universal.

fonte: Universal.org

Compartilhe: