Como seu comportamento pode lhe ajudar

 Roberto-Balbino1 É possível mudar sua forma de encarar o mundo e suas percepções sobre a vida. 

Não é difícil perceber as pessoas felizes e sorridentes no dia a dia. Outras, ao contrário, nunca estão satisfeitas e sempre carregam consigo pensamentos negativos e tristes. Viver esperando que algo pode dar errado ou imaginando que coisas ruins podem acontecer a qualquer momento não é sinônimo de sucesso ou de conquistas. É sinônimo de derrota.

O pessimismo também está presente no dia a dia e nunca passa despercebido. É capaz de destruir ideias positivas, apontar obstáculos e até mesmo anular projetos. Pessoas assim só enxergam as adversidades, e isso pode paralisá-las na busca pelos próprios objetivos de vida. Elas estão em todos os lugares, seja na família, ou no ambiente de trabalho. Mas é preciso não se deixar levar pelos seus pensamentos e opiniões derrotistas.

Tão importante quanto reconhecer uma pessoa derrotista e negativa é saber que esse tipo de comportamento não é permanente ou imutável. Você pode e deve deixar de ser pessimista, se esse for o seu caso. De acordo com a psicóloga Naura Stella Matiussi, é perfeitamente possível aprender a ser otimista. “Mas não é algo instantâneo. É um processo gradativo. Pessoas não nascem otimistas ou pessimistas, mas aprendem a ser ao longo dos anos. Pode-se decidir mudar o comportamento, gradualmente, exercendo a autodisciplina. É uma questão de escolha consciente, identificando o problema e tomando atitude.”

É importante reconhecer o mau hábito e decidir mudá-lo. A psicóloga explica que é possível exercer o controle sobre os nossos pensamentos, descartando o que é prejudicial e retendo o que é bom. “Da mesma forma com que fazemos faxina em nossas casas, para evitar o caos, a ‘faxina mental’ deve ser um exercício diário.” Mantenha-se focado nas coisas certas, nos seus planos. Não pense que seus projetos são impossíveis. Ao invés de gastar tempo imaginando que eles não vão dar certo, trace metas e formas de ação. Seja perseverante, proativo e pense sempre positivo.

O otimismo é sempre acompanhado de proatividade, de ação e iniciativa. Para o otimista, o fracasso é temporário e pode ser revertido. Para o pessimista, ele é algo permanente ou difícil de ser modificado. “Aconteceu porque tinha de acontecer” ou “isso não vai mudar nunca” são frases típicas de pessoas que acreditam que nada é bom ou que tudo está fadado ao fracasso. Os obstáculos vão existir, mas é preciso encará-los como desafios que devem ser superados. Eles não são barreiras intransponíveis.

Naura ressalta que ser pessimista, portanto, é a pior escolha. “Ao enxergar sempre o lado ruim das coisas, o lixo psíquico é acumulado, afetando a saúde. Inúmeras pesquisas comprovam que a recuperação de pessoas doentes é prejudicada pela atitude pessimista”, ressalta. Pessimismo, preocupação excessiva e estresse contribuem para um maior risco de problemas cardíacos.

É o que garante um estudo feito pela Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, que avaliou 100 mil mulheres durante 8 anos. A pesquisa associou o pessimismo a uma menor expectativa de vida, a problemas físicos, como resfriados, e mentais, como ansiedade e até depressão. Observou-se que as otimistas vivem mais e melhor. “Nos otimistas, o sistema imunológico reage adequadamente e os medicamentos alcançam seu objetivo. O corpo humano não é separado dos sentimentos e emoções. Se um dos dois está em desequilíbrio, a saúde será afetada como um todo”, afirma Naura.

Acredite que é possível encontrar soluções para os problemas. Tenha coragem para enfrentar qualquer situação de forma positiva e inteligente, preservando a saúde. “Ser otimista não é achar, ingenuamente, que tudo está sempre bom. Circunstâncias favoráveis são ótimas, mas existem dias difíceis, fazem parte da vida e temos que enfrentá-los da melhor forma. O estado de paz interior e a atitude diante dos problemas são responsabilidades individuais”, completa a psicóloga.

 

Universal.org

 

 

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