Nos dias atuais é muito comum ouvir algum desses termos: cristão, protestante, evangélico e crente. Algumas vezes essas palavras descrevem um grupo de pessoas em relação à sua crença, mas outras são usadas de forma pejorativa e preconceituosa. Por isso, vale fazer alguns esclarecimentos.
O termo cristão apareceu pela primeira vez na cidade de Antioquia, atual Turquia, quando alguns habitantes passaram a abandonar suas crenças e valores culturais e começaram a seguir os ensinamentos de Jesus Cristo, que eram apresentados pelos apóstolos durante viagens missionárias.
A definição ainda é válida atualmente e representa todos os que professam a fé e vivem de acordo com o que está descrito na Palavra de Deus. Nos dias de hoje, de certa forma, o termo foi banalizado e é usado por quem acredita em Jesus ou frequenta uma igreja, sem, necessariamente obedecer à Vontade de Deus. Mas, de modo resumido, o cristianismo é uma maneira de viver em comunhão com o Senhor Jesus.
Já o termo evangélico surgiu durante a Reforma Protestante. Até meados do século 16, a Igreja Católica tinha grande poder de influência entre os Estados e suas populações. Inclusive, na época, o acesso à Bíblia era restrito. Porém, certo dia, um homem chamado Martinho Lutero passou a meditar sobre trechos do Novo Testamento e compreendeu algo importante: o justo vive pela fé. Ele percebeu que era necessário levar as palavras de vida a todos, contrariando a religião predominante até então. Foi em 31 de outubro de 1517 que Lutero pregou o documento chamado 95 Teses na porta de uma igreja que questionou os ensinamentos católicos. Foi esse movimento que ficou conhecido como Reforma Protestante e ganhou força pela Europa. Aqueles que abraçaram a causa passaram a traduzir e a explicar a Bíblia nos idiomas locais.
Naquela época, ocorreu um rompimento definitivo desses pensadores e de parte da população com a Igreja Católica. Desde então, acredita-se que o termo “evangélico” tem sido aplicado às igrejas protestantes e é uma referência aos quatro livros do Novo Testamento que narram a trajetória do Senhor Jesus na Terra.
Agora o termo “crente” também é usado para definir os evangélicos, contudo muitas vezes de forma pejorativa e preconceituosa. Porém o significado de “crente” é: “aquele que acredita”. Assim, no âmbito religioso, o termo trata daqueles que creem, a exemplo de Abraão, que creu em Deus quando este se apresentou a Ele, como está registrado em Gálatas 3.9: “De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão”.
Especialistas acreditam que quando a fé protestante chegou ao Brasil por meio de missionários norte-americanos e para diferenciar o grupo daqueles que pertenciam ao catolicismo teria sido criada a expressão “crente no Senhor Jesus Cristo”. A frase foi abreviada e resumida a crente. A palavra representava a mudança de rumo, a saída da religiosidade em direção à obediência à Palavra de Deus.
De fato, os cristãos em geral sofrem perseguições em todo o mundo em razão da sua fé, mas especificamente o grupo composto pelos evangélicos sente na pele o que é preconceito e intolerância religiosa. Esse cenário se manifesta em diversas esferas da sociedade, inclusive na mídia e na política. Um exemplo foi quando André Mendonça, um pastor, foi aprovado como ministro do STF. Na ocasião, veículos de comunicação não demoraram a manifestar o seu ódio até mesmo com uma charge que ofende tanto os pastores quanto os fiéis que são tidos, muitas vezes, como desprovidos de argumentação crítica e como povo facilmente enganável e manipulável – o que foge da realidade. Isso sem contar as inúmeras fake news a respeito daqueles que professam a fé. A própria Universal, o Bispo Edir Macedo e outros bispos e pastores já foram vítimas de fake news.
Mas agora percebeu-se que os cristãos, evangélicos ou crentes formam um grupo forte e não de pobres coitados desprovidos de educação. Pelo contrário: é um grupo que está atento ao que acontece no Brasil e no mundo e não cede a manipulações ou falsas promessas que fogem à prática cristã. Assim como qualquer outra religião, o evangélico exige respeito.
Diante desse cenário, a Igreja Universal tem se tornado forte a cada ano em favor do Evangelho. No próximo dia 9 de julho, a instituição celebra 45 anos de existência, superando adversidades e perseguições para a disseminação da prática da fé.