Inveja detectada

Mesmo com o conhecimento da Palavra de Deus há quem, sem perceber, esteja se transformando em uma pessoa invejosa

Inveja detectada

Ela vem de mansinho, como uma semente regada pelo pensamento que parece inofensivo, um olhar disfarçado ou um comentário ligeiro. Mesmo que sua existência seja negada, aos poucos, a inveja vai brotando, criando raízes e ficando cada vez mais evidente. Então, você se torna uma pessoa invejosa e expõe esse sentimento por meio do desgosto e até do ódio pela felicidade alheia.

Para muitas mulheres, a inveja surge quando observam as redes sociais e as postagens que revelam apenas fragmentos da vida de seus amigos e familiares. Mas o que poucas reconhecem é que a inveja pode aparecer até quando ouvem um testemunho na igreja, quando têm conhecimento da conquista de alguém ou quando notam que a vida da pessoa que faz os mesmos propósitos de fé que elas avança mais do que a delas.

Então, começam a surgir a comparação, os questionamentos a Deus, os maus olhos e as dúvidas. Assim, mesmo sem ser convidada, a inveja encontra morada. Recentemente, a colunista Viviane Freitas abordou esse tema em seu blog e usou como ponto de reflexão os comentários maliciosos dos fariseus em relação aos milagres que o Senhor Jesus realizava. “A primeira coisa que os invejosos fazem é provocar, é incitar confusão, é fazer um comentário na frente de todo mundo para deixar a outra pessoa sem graça”, disse Viviane sobre o comportamento inapropriado dos fariseus. Eles eram judeus devotos e tinham pleno conhecimento da Lei: “mas se você não tem experiências com a Palavra de Deus, então você vira um religioso: com muita informação, mas com quase nada de convívio com Deus”.

Jesus não se deixou intimidar e seguiu cumprindo Sua missão com excelência. Já os fariseus, em vez de enxergarem aqueles milagres e ensinamentos como oportunidade de reconhecer que o Salvador estava diante deles, perderam essa chance por conta da inveja exacerbada contida em seus comentários. Isso ocorreu porque a inveja cega de tal forma que nem aquilo que é obvio é notado.

Identificando-a e agindo
Viviane alertou como discernir se você tem sido uma pessoa invejosa ou não: “quais são os seus comentários quanto aos testemunhos que tem ouvido? E quando você vê alguém fazendo aquilo que você não faz? Será que lá no fundo seus comentários não estão sendo feitos porque você tem uma ligeira inveja? Se você diz que é batizado com o Espírito Santo e é invejoso, é porque você não é nascido de Deus e muito menos batizado com o Espírito Santo”.

A inveja também é um sinal de que a pessoa não vive a Palavra de Deus e, consequentemente, chega um momento em que a pessoa invejosa estará cada vez mais longe do Senhor e do cumprimento de Suas promessas e isso pode trazer sérios malefícios, afinal “o sentimento sadio é vida para o corpo, mas a inveja é podridão para os ossos” (Provérbios 14.30). Se você tem sido invejosa, peça ajuda a Deus para se libertar e, se necessário, peça perdão também a quem destinou seus comentários maliciosos.

Quem teme a Deus e tem o Espírito dEle não inveja as conquistas do próximo, mesmo quando o que vê ali é a realização de seu desejo mais íntimo. Então, o que ele faz? Se satisfaz pela felicidade alheia, vê a confirmação de que no tempo oportuno também será abençoado e usa tal testemunho como combustível para continuar manifestando sua fé e provar que confia em Deus.

Vale lembrar que, querendo ou não, a inveja sempre existirá, seja em nosso interior, seja quando somos alvos dela, como o Próprio Senhor Jesus foi. Viviane completou explicando que quem é vítima da inveja alheia pode acabar se preocupando com os comentários e com a sua reputação, mas esse não é o comportamento de quem é de Deus porque “a fé está ligada àquilo que você faz para Deus e não ao que as pessoas aprovam em você”.

Dessa forma, quem se assume como um cristão verdadeiro não se permite ser invejoso, tampouco julga os demais ou se deixa abalar pela inveja alheia. “Vamos colocar a nossa barba de molho e pensar em nossa vida espiritual. A nossa alma é responsabilidade nossa e de ninguém mais”, concluiu.

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