Finanças familiares

finanças Os gastos da família devem ser responsabilidade de cada um, e todos podem colaborar com as reservas destinadas a imprevistos e investimentos.

Para não deixar de pagar as contas em dia e ao mesmo tempo não se esquecer do futuro, a família deve estar envolvida no planejamento financeiro da casa. Todos devem planejar uma reserva para emergências e outra para adquirir bens e investimentos, como a compra de um carro ou de uma casa. Assim, fica fácil identificar os ganhos e gastos, evitar o consumo desnecessário, criar novos hábitos e analisar para onde vai o dinheiro.

Para Antonio Fernando De Julio, especialista em finanças e criador do programa integrado de desenvolvimento financeiro MoneyFit, as famílias brasileiras, principalmente da classe C, estão contribuindo para o avanço da economia, mas é preciso cuidado para não se endividar.

“O Brasil tem a maior taxa de juros do planeta. O cartão de crédito vai a 14%. Não conseguimos esse montante nem em 1 ano de aplicação. Por isso, de nada adianta ter se não puder manter, principalmente quando falamos de uma casa ou um carro, pois são tipos de bens que se deterioram e precisam de manutenção”, diz De Julio.

Tarefas e hábitos

O ideal para um orçamento que aponte resultados é identificar quanto cada um gasta. “Cada um deve ter o seu papel e saber quanto está custando para a casa e o que pode fazer para melhorar a economia do lar. Costumo comparar a estrutura da família a de um prédio: os vidros podem estar lustrosos, mas se um pilar estiver ruim, todos desabam”, afirma o especialista.

Dividir tarefas e modificar hábitos de consumo são dicas que funcionam. Não deixar todas as luzes da casa ligadas, nem a torneira pingando, eletrônicos fora da tomada, e não ficar pendurado no telefone fixo ou móvel o dia inteiro, tudo isso vai alterando o valor das contas no final do mês, e o melhor, para menos. Delegue a função de fiscal para um jovem da casa e a exigência se tornará uma brincadeira fácil de cumprir.

Segundo De Julio, o ideal seria fazer uma reunião sobre o orçamento e definir o que é mais importante para todos e assim definir um objetivo. Dessa forma, a família saberá qual o valor com que cada integrante pode contribuir. “O momento ideal para alcançar o sonho é quando estiver entrando mais dinheiro do que saindo e com as contas em dia. Nessa hora, é importante também pensar em reservas de emergência e de investimento”, explica.

Potes de reserva

A reserva de emergência servirá para situações de imprevisto para todos, como problemas de saúde, uma reforma inesperada, oportunidade de negócio ou estudo no exterior, por exemplo. “A família deve ter dois potes, como se fossem os cofrinhos de moeda da casa. Em um deles haverá uma reserva para as emergências. Quando esse pote estiver garantido, ou seja, o cofrinho estiver cheio e a vida financeira da família equilibrada, aí sim partimos para o outro pote. O segundo cofrinho deve ser cheio de moedas para investimentos e aplicações, como comprar um imóvel”, aponta o especialista.

Os investimentos da família, preferencialmente, devem ser de curto e médio prazo em carteiras com liquidez (oportunidade de saque em pouco tempo) e renda fixa como a popança e os fundos de DI. O ideal ainda é que a família separe 10% ou mais da receita da casa (a junção das rendas de cada um) para concretizar um objetivo. Quanto mais se consegue guardar, mais rápido se alcança o sonho. De Julio aconselha também a, em primeiro lugar, investir em conhecimento, para depois adquirir bens materiais.

 

Universal.org

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