Não seja tímido quando Deus for o assunto

Os dons dEle não são dados em vão. Eles servem ao Seu propósito

Não seja tímido quando Deus for o assunto

A bênção não é um fim em si mesma, mas um instrumento que deve ser bem utilizado. Muitas pessoas querem receber bênçãos, mas poucas refletem se estão realmente agindo de acordo com a Vontade de Deus ou, quando as recebem, não fazem bom proveito delas. Estar na Presença de Deus já traz mudanças de vida significativas pelas virtudes que Ele fornece, mas essas virtudes não podem ficar “guardadas” e inativas. Elas devem ser usadas para ajudar outras pessoas.

Será que muitos as guardam por pensarem somente em si? Será por timidez ou por medo? A verdade é que há os que lutam contra os dons que recebem e nem percebem. A intrepidez é necessária, pois a vida em Deus não é um fenômeno isolado, mas coletivo. Ela é recebida para gerar frutos para você mesmo e para o propósito Divino. De nada adiantarão a conversão, a libertação e a entrega sem ação e progresso.

Pense bem: as figuras bíblicas que fizeram a diferença na fé de todo o planeta foram corajosas ou tímidas? Elas se resignaram com suas limitações ou se lançaram ao desafio de conquistar almas para Deus? Se tivessem ficado quietas em seus cantos, com medo do que os outros pensariam, elas e suas ações não seriam hoje conhecidas como são nem constariam nas Sagradas Escrituras.

O Bispo Júlio Freitas lembra em seu blog que “os ímpios fogem sem que haja ninguém a persegui-los; mas os justos são ousados como um leão” (Provérbios 28.1). Isso mesmo: “se você é justo diante de Deus (nada o acusa e está vivendo na integridade da fé) por que, então, não tem tido ousadia para tomar decisões importantes?”, questiona o Bispo.

Ele se baseia em sua própria experiência: “ao longo desses 34 anos servindo a Deus por meio do trabalho missionário, muitas vezes vejo pessoas que poderiam já estar batizadas com o Espírito Santo e desfrutando de uma vida de qualidade, mas se acomodaram com uma vida e uma rotina que não glorificam a Deus porque têm medo de fazer o que precisa ser feito”.

Para o Bispo, o cristão genuíno deve “ter em mente que o Senhor Jesus só pode usar os corajosos, intrépidos e que aceitam os desafios: aqueles que são de oração e jejum, mas também de ação. Portanto se comprometa em ser intrépido em sua fé, em seu trabalho, em seus negócios e em tudo o que você fizer”.

Além desse conselho, ele dá uma dica bem prática: “quando surgirem os desafios, decida dentro de você ser arrojado e não se acovardar diante de qualquer situação. Não dê lugar ao medo ou a qualquer sentimento. Quando decidir fazer algo, vá até o fim”.

A interação é primordial
Como cita o Bispo Júlio, são necessários aqueles períodos de oração, de jejum e de meditação, momentos que são compartilhados exclusivamente entre cada pessoa e o Espírito de Deus, intimamente. Só que esse momento não é um fim em si mesmo, mas um ponto de partida, uma preparação para a ação em seguida: “interagir faz parte da vida em sociedade, mas muitos, por se fazerem tímidos, não conseguem estabelecer um diálogo com outras pessoas conhecidas e desconhecidas e vivem tendo dificuldades para socializar”. E, “no âmbito espiritual, a falta de interação nos impede até mesmo de testemunhar a nossa fé, evangelizar e ganhar almas, pois como vamos conhecer o sofrimento do nosso próximo, falar do Senhor Jesus e das nossas experiências para ele se não conversamos para saber o que o tem afligido?”

O Bispo Júlio ainda ilustra com um exemplo bem prático: “o mesmo ocorre no campo profissional. Se a pessoa não se preocupa em ter um networking, isto é, trabalhar sua rede de contatos, trocando informações relevantes por meio da manutenção de relacionamentos interpessoais produtivos, ela acaba perdendo oportunidades e dinheiro. A falta de interação ocasiona também solidão e problemas familiares. Quantos pais não conseguem dialogar com os filhos dentro da mesma casa? Muitos. Isso porque, se um membro da família não se preocupa em compartilhar com os seus familiares as suas experiências do dia a dia, suas dificuldades e superações, como poderá ter um bom relacionamento familiar?”

Para o Bispo, a timidez e a inação devem ser eliminadas, pois “o Espírito de Deus nos ensina na Sua Santa Palavra: ‘Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos que se prostituem, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte’” (Apocalipse 21.8).

Sim, é espantoso: a inação de um servo de Deus é comparada por Ele mesmo aos piores pecados, como assassinato ou devassidão. Portanto o servo do Altíssimo não é tímido. Pelo contrário, é arrojado, principalmente em relação à Obra de Deus e às coisas espirituais. O Bispo Júlio diz que o servo não tem vergonha de ser quem deve ser, de falar de Deus, de procurar oportunidades de trabalho, de conversar ou interagir com outras pessoas. “Veja que não estou dizendo que você deva sair por aí falando com todo mundo, mas que a timidez não pode parar sua vida, ela não pode conduzir você, porque, quando nascemos de Deus e nos tornamos sacerdotes do Altíssimo, somos transformados (…) e não podemos ter o nome de fracos, negligentes, infiéis, tímidos, acomodados, arrogantes, mentirosos, inconstantes, etc.”, adverte.

Com a transformação que Deus proporciona, Ele nos dá novos nomes, enumera o Bispo: “fiel, forte, diligente, perseverante, verdadeiro, definido, corajoso, mas também sincero e humilde. Portanto decida não ser tímido.

Decida interagir com outras pessoas e fazer o que tiver de ser feito. Isso requererá de você perseverança, não acontecerá da noite para o dia, mas seja insistente nesta prática de vencer os medos, a timidez e fale com segurança”.

Dicas para interagir:

1 – Seja simpático e educado. Alguém assim é sempre mais bem-visto do que quem vive de “cara fechada” ou olhando para baixo.

2 – Saiba ouvir. Quando uma pessoa percebe que você tem interesse no que ela diz, provavelmente gostará de estar perto de você.

3 – Não se importe com o que pensarão de você. Siga sendo agradável, mas lembre-se de que a opinião realmente importante é a de Deus.

4 – Interagir deve ser um hábito cultivado todos os dias. Lute contra o medo e a timidez. Mesmo que no começo seja desconfortável, esforce-se!

Fonte: Bispo Júlio Freitas

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