Veja caso de escola no Rio de Janeiro que levanta vários questionamentos…
Quem não quer escolas públicas com bons professores, que atendam o máximo de alunos, em todos os turnos, com estruturas modernas e com qualidade de ensino? O Colégio Estadual Jornalista Rodolfo Fernandes, inaugurado no dia 11 do mês passado pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (antes que ele deixasse o governo do estado em favor do vice, Luiz Fernando Pezão), apontava para isso.
Foram investidos R$ 14 milhões para que os 928 estudantes matriculados usufruam das instalações do colégio – 20 salas equipadas com ar-condicionado, biblioteca, laboratórios de ciências e de informática, refeitório e quadra de esportes –, que fica no bairro da Pavuna, na zona norte do Rio.
Porém, após a inauguração, um professor da escola postou em seu Facebook que os computadores foram retirados do colégio: “O governador chega, a escola está linda, prontinha, ele tira muitas fotos, dá muitas declarações, faz até um discurso (foi vaiado, não entendi o motivo), a imprensa publica em sites, TV e jornal, afinal de contas é uma novíssima escola na zona norte do RJ, tudo lindo, perfeito. O governador vai embora… junto com ele leva todos os computadores do laboratório, telefones e projetores da escola. Era só pra tirar as fotos pra imprensa, triste vida”.
Com a repercussão do post em vários meios de comunicação, a Secretaria Estadual de Educação (Seeduc) respondeu que o colégio foi programado para receber um laboratório de informática móvel, com laptops e netbooks. “Como era sabido que os equipamentos não chegariam no mês de fevereiro, o da inauguração, a Seeduc optou por prover com computadores da sede administrativa. Com a chegada dos novos, os antigos foram retirados. A Seeduc esclarece que o laboratório móvel de informática, com 20 netbooks, já está funcionando.”
Como diz o dito popular, a declaração oficial “explica, mas não justifica”. Por que os computadores estavam na inauguração da escola e após o evento foram retirados? Não abre o precedente para pensarmos que se tratava apenas de adereço para preencher espaço no dia da inauguração e para mostrar à televisão um projeto perfeito na área da educação?
Às vésperas das eleições, que acontecem neste ano, é possível perceber que, sem a cobrança e a repercussão da notícia em várias mídias, talvez os equipamentos não tivessem chegado na escola tão rapidamente, o que nos mostra que educação se faz com transparência, muita transparência. Fique atento.
Universal.org