O escravagismo foi abolido no Brasil em 1889, mas isso não significa que, a partir de então, brancos e negros passaram a viver em uma sociedade igualitária. Ao contrário. Como afirma relatório divulgado no dia 11 de dezembro, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), os negros não receberam a oportunidade de se inserirem no mercado de trabalho e, até hoje, existe uma “brutal desigualdade que atinge negros e negras até na hora da morte”.
A prova mais recente disso é o próprio relatório citado, chamado Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência 2017 (IVJ 2017). Nele estão apresentados os dados de mortalidade na sociedade brasileira, tendo como base registros e pesquisas realizados em 2015.
Esses dados apontam que o perfil mais vulnerável no Brasil é a jovem negra, que tenha entre 15 e 29 anos. Em todos os estados brasileiros as mulheres negras têm mais chances de morrerem assassinadas do que as mulheres brancas, sendo que em alguns estados, como o Rio Grande do Norte, a possibilidade aumenta até 8 vezes.
No geral, o risco de negras serem assassinadas é 2,19 maior do que brancas. Já entre os homens, a chance de ser vítima de homicídio é 2,7 vezes maior entre homens negros do que entre homens brancos.
“Assumir que a violência letal está fortemente endereçada à população negra e que este é um componente que se associa a uma série de desigualdades socioeconômicas é o primeiro passo para o desenvolvimento de políticas públicas focalizadas e ações afirmativas que sejam capazes de dirimir essas inequidades”, afirma o IVJ 2017.
Trabalho em conjunto
O IVJ 2017 relata que essa violência racial “precisa ser enfrentada com políticas públicas estruturadas que envolvam as diversas dimensões da vida dos jovens como educação, trabalho, família, saúde, renda, igualdade racial e oportunidades”.
Para que isso seja feito, não basta esperar que o Governo tome a iniciativa. A própria população precisa mudar seu modo de pensar e agir. A representante da Unesco no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto, lembra, no documento divulgado, que as pessoas negras têm salário que alcança apenas 59% do salário dos brancos. Isso em média, pois, em inúmeros casos, a cor da pele é fator determinante tanto na contratação quanto na promoção de profissionais.
“Essa desigualdade se manifesta ao longo de toda a vida e em diversos indicadores socioeconômicos, em uma combinação perversa de vulnerabilidade social e racismo que os acompanha durante toda a vida”, declara Marlova.
Buscando fazer sua parte na resolução da triste situação em que o Brasil se encontra, a Universal desenvolve diversos programas sociais que auxiliam no combate ao racismo. Além da orientação bíblica, que ensina que Deus não faz acepção de pessoas, ela organiza, por exemplo, o evento “Você é Negro e Você Pode”, com o bispo Bira Fonseca.
Ademais, programas como o A Gente da Comunidade atuam nas regiões menos favorecidas economicamente. Regiões essas que ainda hoje são ocupadas majoritariamente por pessoas negras. Os eventos são abertos para todos os moradores dos bairros e, ali, eles recebem auxílio material e espiritual.
A evangelização em centros de detenção também auxilia no combate ao racismo. Hoje a população carcerária é formada majoritariamente por negros e essas pessoas precisam recuperar a dignidade perdida e entender que é possível reconstruir a própria vida.
Entre muitos outros, esses programas da Universal buscam estabelecer a igualdade de oportunidades entre todas as pessoas, independentemente de cor, religião ou condição social. Você também pode fazer parte dessa luta. Visite hoje mesmo a Universal mais próxima e saiba como.