As portas do inferno não prevalecerão…

As portas do inferno não prevalecerão…

Jesus Cristo encorajou o apóstolo Pedro e seus discípulos, garantindo que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja que Ele iria edificar (Mateus 16.18). O Mestre já sabia o que os cristãos iriam enfrentar ao longo dos anos até a sua volta. Desde o cristianismo primitivo, muitos imperadores e ditadores tentaram impedir o crescimento e a propagação do Evangelho, mas nenhum tirano, por mais poderoso que fosse, conseguiu bloquear a propagação da Palavra de Deus e todos pereceram diante do crescimento do cristianismo.

Começou pelos imperadores romanos, que se consideravam deuses, por causa do grande poder político que detinham. Por mais de dois séculos, eles perseguiram os cristãos de forma implacável. Desde Nero, em 64 d.C., com o episódio do grande incêndio em Roma, quando o imperador culpou os cristãos pelo sinistro como forma de legitimar a perseguição ao Evangelho.

E essa tirania contra os seguidores de Cristo no império romano perdurou até o ano 313 d.C. – data em que os imperadores Constantino, imperador do ocidente, e Licínio, imperador do oriente, legalizaram a religião cristã com o Édito de Milão.

A promessa se cumpriu e as portas da igreja continuaram abertas para receber os cansados e sobrecarregados que desejavam conhecer Jesus. O tempo passou, mas os governos totalitários não desistiram de tentar criar obstáculos para o cristianismo. Nos últimos séculos, a perseguição continuou, principalmente por meio de governos ateus, como os comunistas na extinta União Soviética, na República Popular da China, na Coreia do Norte e em Cuba, dentre outros.

Os Estados comunistas e socialistas foram influenciados pelas ideias satânicas de Karl Marx, que demonstrava profunda hostilidade pela fé cristã, pois acreditava que a crença em Deus era profundamente imoral e anti-humana. Em seus livros, incitava o ódio contra o cristianismo e, após a sua morte, o pensamento ateu no comunismo se intensificou nos movimentos marxistas.

Outro teórico do socialismo, contemporâneo de Marx, Friedrich Engels, considerava a religião como uma falsa consciência e totalmente incompatível com o comunismo. Ele doutrinava os líderes de partidos social-democratas e comunistas na Europa, bem como os fundadores da união política dos movimentos comunistas, socialistas e anarquistas do século XIX, a divulgarem e cultivarem o ateísmo como a única visão de mundo a ser vivida.

Essas ideias diabólicas forjaram a base teórica para os ditadores comunistas se voltarem contra o Evangelho e darem continuidade à perseguição aos cristãos. A China colocou em vigor uma nova lei que proíbe a realização de cultos e reuniões on-line de religiões não autorizadas pelo Partido Comunista Chinês. A nova medida prevê que o acesso legal à internet para fins religiosos só será concedido aos chineses que participarem de atividades realizadas pelas cinco religiões autorizadas: budismo chinês, taoísmo, islamismo, catolicismo e protestantismo. A Igreja Católica Romana e outras três religiões protestantes estão incluídas na lista de permissões.

Mesmo no caso das religiões autorizadas, o governo chinês vai monitorar os conteúdos publicados e as atividades planejadas. Elas são supervisionadas por organizações oficiais, como o Movimento Patriótico das Três Autoridades Protestante ou a Associação Budista da China, que são supervisionadas pelo poderoso Departamento da Frente Unida de Trabalho do Partido Comunista. Segundo a organização cristã Portas Abertas, a medida serve para controlar os cristãos no país asiático.

O Partido Comunista Chinês já tentou, mas não conseguiu, acabar com o cristianismo no país, porém agora tenta de várias formas contê-lo. Os ditadores chineses não aceitam que os cristãos adorem a outro Deus, eles querem que toda adoração seja dada ao Partido Comunista e seus dirigentes.

Temos a promessa de Cristo de que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja. No entanto temos que fazer a nossa parte de lutarmos a favor do Evangelho para levá-lo a toda criatura até os confins da Terra. No Brasil, temos a chance de deter o avanço do comunismo e do socialismo, rechaçando nas urnas Lula e a sua legião de partidos de esquerda nas eleições para presidente e para o Congresso Nacional. Tal como para as demais casas legislativas e governos estaduais.

Denis Farias é advogado, professor e consultor jurídico.

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