Grupo de voluntários da Universal executa um importante trabalho no cárcere e também com familiares de presos
Há mais de 30 anos, desde quando a Universal iniciou os trabalhos de evangelismo nas unidades prisionais em diversas partes do Brasil, o objetivo é o mesmo: levar Vida, por meio da Palavra de Deus, aos encarcerados, apoio espiritual e social, além de auxílio direto aos familiares deles.
Ao longo das décadas, esse grupo foi crescendo, novos voluntários foram chegando e, hoje, mais de 14 mil, entre homens e mulheres, fazem parte do Universal nos Presídios (UNP) e atuam em unidades prisionais (masculinas e femininas) em todo o País e em diversas partes do mundo.
O trabalho é tão abrangente que ao menos em uma unidade prisional de cada estado brasileiro o grupo está presente, seja em um presídio pequeno ou no maior e mais populoso.
O trabalho também se propaga por meio de uma programação evangelística que alcança a população carcerária, que é o “Momento do Presidiário”, transmitido diariamente, às 21h, pela Rede Aleluia de rádio.
Entre orações, canções e mensagens de fé e encorajamento, o programa conta com a participação direta dos familiares dos reclusos, por telefone ou pelas redes sociais, e, atualmente, é apresentado pelo bispo Eduardo Guilherme, atual coordenador do UNP em todo o Brasil.
Caminhada de fé
Em mais de 3 décadas, milhares de presos foram alcançados e batizados nas águas, muitos, inclusive, já alcançaram a liberdade e, de forma voluntária, hoje fazem parte do grupo, voltando aos mesmos presídios em que estiveram encarcerados um dia para levar a mesma Palavra que receberam, e que foi responsável pela mudança na vida deles.
É exatamente essa a condição do hoje pastor Marcos Datri (fotos abaixo, dentro da piscina e num presídio), de 44 anos.
Quem o conheceu no passado jamais imaginava vê-lo como um pastor da Universal, afinal, a vida que ele levou antes e depois de ser preso, completamente marginalizada e longe de Deus, indicava a ele apenas dois caminhos: viver no crime até os últimos dias de sua vida ou a morte dentro de um cárcere qualquer.
Entre as muitas coisas pelas quais passou, Datri relembra que enfrentou 15 rebeliões, viu colegas morrerem e ainda presenciou todo tipo de horror dentro das cadeias.
O hoje pastor passou por 17 unidades prisionais, durante 10 anos — tempo em que cumpriu pena por diversos crimes —, como a extinta Casa de Detenção de São Paulo, conhecida como Carandiru, localizada na zona norte de São Paulo; a Penitenciária de Franco da Rocha, na Grande São Paulo; e a de Itirapina, no interior paulista.
Nessas duas últimas, até hoje quando ele chega com o UNP para evangelizar os presos com quem conviveu 15 anos atrás o reconhecem e ficam muito felizes ao ver a total recuperação dele .
“Eles gritam o meu nome, me abraçam e afirmam que, se eu consegui vencer, eles também conseguirão.”
Para Datri – que atualmente compõe a equipe do UNP em São Paulo, no Templo de Salomão, ao lado do bispo Eduardo –, fazer parte do grupo é realmente uma grande satisfação. “Não tem preço que pague. Para mim é uma alegria muito grande poder levar aos demais presos o que um dia levaram para mim e deu resultado: a Palavra de Deus, a Única que liberta.”
“Nada a Perder” no presídio
O trabalho da Universal com os presos é tão importante que, no ano de 2012, o bispo Edir Macedo fez questão de iniciar o lançamento da sua biografia “Nada a Perder” em um presídio. O local escolhido foi o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros (CDP 3), na capital paulista.
Ao entrar em meio àquela multidão (foto abaixo), o bispo foi muito aplaudido pelos presos, que se mostraram bastante honrados com a presença dele.
O desafio tem dado tão certo que, desde fevereiro de 2017, a Igreja tem empenhado esforços para abrir o maior número de templos possível nas unidades prisionais de todo o País e em diversas partes do mundo, como mostrou, recentemente, uma matéria especial do programa “Domingo Espetacular”, da Record TV. Relembre a reportagem no vídeo abaixo:
As igrejas dentro dos presídios estão sendo construídas e inauguradas à medida que as autorizações são dadas, permitindo, a cada dia, que mais almas sejam resgatadas para o Reino de Deus, objetivo principal desse trabalho.
A importância da família
Mas o UNP não limita o seu trabalho apenas ao cárcere. Os voluntários têm acompanhado os familiares de presos também, dando apoio espiritual e social a eles, afinal, são os que mais sofrem tendo um ente querido preso, seja um filho, filha, pai, mãe, marido, esposa ou qualquer outro familiar.