Por que você só vê injustiças na sua vida?

É fácil identificá-las, mas muitos ignoram que elas podem ser frutos de seus próprios erros. Veja se isso não está impedindo você de obter a justiça

Por que você só vê injustiças na sua vida?

Ninguém gosta de ser injustiçado, mas você já parou para pensar por que todo mundo gosta daquilo que é justo, principalmente quando se é o beneficiado? É porque o senso de justiça faz parte da essência do ser humano. Isso acontece porque o nosso Criador é Justo e a Bíblia revela que a base do trono de Deus é a justiça (Salmos 89.14). E é justamente neste aspecto que podemos dizer que a maioria das pessoas não sabe o que é de fato ser injusto.

Se a essência da justiça é Deus, logo, tudo o que vem dEle é justo, inclusive os Seus Mandamentos.

Então, quando uma pessoa decide viver de acordo com a Palavra de Deus, também está vivendo na justiça. Da mesma forma, toda conduta que contraria a Palavra dEle é injusta. É por isso que muitas pessoas, apesar do esforço que fazem para ter uma vida bem-sucedida, convivem com uma série de injustiças. Elas se esforçam para ter prosperidade, mas só veem fracassos; fazem de tudo para ser felizes na vida amorosa, mas colecionam traições, rejeições e amarguras; tentam ter comunhão com Deus, mas no final ficam sempre frustradas por fazerem suas próprias vontades; querem ter paz, mas vivem angustiadas; e questionam o motivo pelo qual são tão injustiçadas quando a indagação delas deveria na verdade ser: “se o que eu tenho colhido tem sido injusto, o que eu tenho praticado de injusto?

Lembre-se: Deus é o Justo Juiz. Assim, muitas pessoas, por viverem no erro, ainda que frequentem a Igreja, não percebem que, enquanto não seguirem pelo caminho da Justiça, vão acumular prejuízos em diversas áreas e ainda comprometerão o que têm de mais valioso: a Salvação da alma.

No entanto, quando a pessoa busca em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça, como descrito em Mateus 6.33, e obedece à Palavra dEle, o Espírito da Justiça vem sobre ela e faz a diferença, como você lerá nas histórias a seguir.

Ele vivia uma “falsa justiça”
Quando era criança, Walter Vaz Júnior, (foto abaixo) de 49 anos, admirava a profissão do pai, que havia sido um policial militar, e aos 21 anos, ele entrou para a corporação. Só que ele vivia praticando a injustiça. No entanto ele não enxergava isso: “eu achava que estava tudo bem na minha vida porque eu tinha emprego fixo, um salário bom e aproveitava bem”. Até que, aos 26 anos, algo na rotina dele o fez ver sua vida por um ângulo diferente.

Walter levava sua sogra à Universal e a aguardava até o término da reunião. Ele lembra que, durante o tempo que ficava na Igreja, zombava dos pastores, mas começou a perceber que a sua vida não era exatamente como ele considerava. “Passei a prestar atenção e a ouvir eles falarem muito sobre Salvação e Deus começou a falar comigo”, relata.

Não demorou muito e Walter decidiu entregar a sua vida para o Senhor Jesus, mas ele queria mais: o batismo com o Espírito Santo e ele O recebeu: “Ele mudou completamente a minha vida e não foi só o fato de eu ter alcançado alegria e paz. O que aconteceu de mais maravilhoso foi o desejo de fazer com que outras pessoas pudessem ter o mesmo que eu”.

No entanto, quando Walter passou a ter uma vida pautada segundo o padrão de justiça de Deus, sabia que mais cedo ou mais tarde responderia por um fato vivido no passado. Por pensar que o namorado de uma ex-namorada sua estava armado e pronto para atirar nele, em legítima defesa, Walter se antecipou, atirou o projétil matou o rapaz. O problema é que, com medo das circunstâncias que envolviam o crime, ele ocultou o homicídio. Os anos passaram, Walter estava casado e com uma filha recém-nascida quando foi preso. “Eu fui para o mesmo lugar para o qual eu já havia mandado muitos. Ali eu era como um pedaço de carne no meio dos lobos e Deus foi o Único que me defendeu lá. Eu estava colhendo o que tinha plantado e só suportei aquela situação graças ao Espírito Santo”, afirma.

Walter ficou dois anos e meio preso e, nesse período, ele e sua esposa perderam a primeira filha, que tinha apenas seis meses. “Foi uma dor insuportável, mas o Espírito Santo nos fortaleceu. Pelo fato de eu ter sido demitido quando fui preso, minha esposa teve que suportar tudo sozinha, mas graças ao Espírito Santo ela venceu”, declara.

Apesar de toda dor que ele mesmo plantou no passado, Walter permaneceu na fé. “Eu participava das orações pelo rádio, fazia meus jejuns e propósitos e lá eu fui o soldado que Deus escolheu. Eu evangelizava e orava pelos outros presos”, conta.

Walter foi levado a júri popular e, posteriormente, foi solto. Ao retornar à Igreja, ele continuou fazendo uma das coisas que mais preza: levar a mesma chance de mudança que recebeu pela Palavra de Deus. “Nossa vida está no Altar e buscamos a direção de Deus em tudo o que fazemos. Hoje, Ele nos deu duas filhas maravilhosas, temos nosso próprio negócio e atuo como corretor de imóveis, mas o que mais almejamos é a nossa Salvação. Nada tem mais valor do que isso”, conclui.

“50 anos inúteis”
Injustiças recebidas de maneira injusta soam como uma frase estranha, mas elas correspondem às injustiças que a pessoa sofre sem merecer. Há, porém, as “injustiças justas”, ou seja, aquelas que são consequência de atos injustos. A vida da costureira Cida Recciope (foto abaixo)  foi um misto desses dois tipos de injustiça durante 50 anos. A primeira foi quando ela ainda era criança e sua mãe biológica a entregou para que uma tia a criasse, o que fez Cida crescer com raiva da mãe.

A tia de Cida a criou com amor e princípios, mas a mágoa que Cida sentia da mãe a levava a um comportamento rebelde. Na adolescência, a carência despertava nela o desejo de ser amada e de ter uma família, algo que pode ser considerado justo, mas os meios que ela usava para realizá-lo não eram justos. Cida passou a se envolver com homens casados: “eu achava que se eu conquistasse aqueles homens casados eu teria uma vida melhor”, revela.

Aos 28 anos, Cida conheceu um homem solteiro, com quem finalmente se casou. Ela diz que se tornou uma “mulher de família”, pois se dispôs a viver uma vida diferente da do seu passado de rejeição. A vida de casada, porém, revelou uma realidade que ela desconhecia: seu marido era alcoólatra. “Nosso casamento foi terrível e com 11 anos de casados ele me abandonou”, destaca.

O sofrimento levou Cida a recorrer a vários tipos de religião. “A minha vida, no entanto, continuava uma derrota”, afirma. A Bíblia que ela tinha em casa servia apenas de “enfeite”, segundo ela, que não sabia que a prática do que estava escrito nEla poderia mudar sua vida. “A minha vida nos finais de semana era cerveja, cigarro e choro”, comenta.

Sem o marido e com três filhos, Cida passou dificuldades e até recebeu uma ordem de despejo. Foi quando um convite começou a fazê-la pensar em sua vida. Uma amiga a levou à Igreja Universal, mas, no primeiro dia, ela saiu antes da reunião começar.

Contudo o sofrimento a fez voltar pouco depois. “Eu sentava na primeira fileira e ‘bebia’ as palavras que o Pastor falava”. Foi quando ela ouviu falar do Espírito Santo, o Único capaz de capacitar uma pessoa a viver na justiça, e decidiu que entregaria sua vida a Deus e em troca receberia o Espírito dEle. Foi durante uma reunião que ela teve uma experiência que mudou sua vida: “a minha vida começou a passar na minha mente como um filme e eu vi todas as injustiças que tinha cometido. Eu pedia perdão a Deus e percebia Deus me perdoando. Até ali tinham sido 50 anos de inutilidade e, então, me tornei uma nova mulher”.

Cida conta que logo depois procurou sua mãe biológica e lhe pediu perdão. “Depois daquela conversa me senti livre.” Ela não conseguiu restaurar o casamento, pois seu ex-marido tinha falecido por causa do vício, mas reconhece que, se tivesse conhecido a Deus antes, eles não teriam sofrido.

Vinte e cinco anos se passaram desde que Cida passou a viver de acordo com a justiça de Deus. Hoje, aos 75 anos, ela esbanja vitalidade e é conhecida pelo excelente trabalho no ramo de costura.

“Tenho saúde e disposição porque o Espírito Santo me dá força, sabedoria e discernimento. Ele cuida de mim. Eu tenho todo o tesouro que posso ter no mundo, que é o Espírito Santo”, celebra.

Ouvia, mas não praticava
Cida sofreu 50 anos até aprender os caminhos para uma vida justa e a estudante de economia Emilyn Lucena, (foto abaixo) de 19 anos, também poderia ter se poupado de muito sofrimento se tivesse aproveitado o fato de ter crescido em um ambiente que promovia o Reino de Deus e a Sua justiça.

Ela cresceu frequentando a Universal, mas os problemas no casamento dos pais e o divórcio deles a fizeram questionar onde Deus estava quando tudo aquilo aconteceu. “Ali foi o meu fundo do poço porque comecei a olhar para minha vida e não enxergava mais onde Deus poderia colocar a mão. Eu ia para a Igreja e não me importava com a Palavra, então Ela entrava por um ouvido e saía pelo outro. Quando saía de lá, eu ia para casa dormir”, detalha.

Quando passava por momentos difíceis, Emilyn só conseguia chorar e tentar suprir o vazio que sentia com atitudes que a levavam para mais longe de Deus. “Eu me envolvia com muitos rapazes.

Sempre que eu recebia um convite para uma festa eu me esforçava ao máximo para ir. Mesmo se ninguém quisesse sair comigo, eu ia sozinha, à noite e na chuva. Eu sentia necessidade de escutar uma música, de dançar, de beber, de fumar, de ficar com pessoas porque na verdade eu fugia de mim mesma”, revela.

Em razão dessa necessidade de coisas e pessoas, Emilyn permitia injustiças contra si mesma. Depois de um relacionamento abusivo, ela entrou em uma tristeza profunda, a ponto de não querer sair do quarto. “Mesmo sabendo de toda a Verdade, eu acreditava que Jesus não poderia me ajudar. É como se eu falasse: ‘olha, isso aqui você não tem poder para me ajudar. Dessa forma, eu tirava de Deus a autoridade que Ele tinha sobre a minha vida”.

Contudo a pandemia de Covid-19 a forçou ao encontro que ela mais temia: consigo mesma. Foi durante uma reunião da Universal que seus olhos se abriram. “Foi depois desse encontro com Deus que eu fui chamada para o arrependimento e fiquei com raiva do pecado e das injustiças”, conta.

A partir dali, Emilyn abriu mão de tudo o que era injusto e passou a priorizar o Espírito Santo.

“Deus me aceitou e supriu tudo. Hoje eu tenho esse olhar para as pessoas e para os meus pais. Eles me olham e sentem orgulho. Quando as pessoas me perguntam o que aconteceu, eu falo do Espírito Santo. Ele é o maior bem que alguém pode ter”, argumenta.

Priorizar a Deus e à Sua justiça tem feito Emilyn viver o que nem imaginava. “Com Deus à frente, minha vida foi transformada e hoje minha família está unida. Se você colocar Deus em primeiro lugar, com temor, Ele vai fazer muito mais do que você pensa ou pede”, diz.

Quando a alma grita
Ainda que a pessoa tenha praticado a injustiça a vida inteira, no momento em que ela se arrepende e decide praticar o que está escrito na Bíblia, Deus não hesita em dar a ela uma chance. Foi o que aconteceu com o vendedor Edmilson dos Santos, (foto abaixo) de 37 anos. Por trabalhar honestamente, ninguém imaginava que ele tinha se envolvido com o tráfico de drogas.

Para ajudar no sustento da família, Edmilson e o irmão começaram a trabalhar cedo e, por volta dos 13 anos, ele começou a usar drogas. Um tempo depois, ele fugiu de casa e passou fome nas ruas. Foi quando começou a praticar assaltos à mão armada. Durante um deles, ele foi preso.

Sentenciado a dez anos de reclusão, Edmilson se envolveu mais ainda com o tráfico na prisão e, quando recebeu liberdade provisória, saiu pior do que tinha entrado. Em um conflito entre gangues rivais, ele viu um parceiro ser alvejado, mas, apesar dos inúmeros tiros disparados contra ele, nenhum o atingiu.

Preso de novo, ele continuou liderando o tráfico de dentro da prisão, mas era atormentado por pensamentos que o induziam a tirar a própria vida. Foi quando, em uma tentativa de fuga frustrada, ele foi transferido para outra unidade e colocado na solitária. “Naquele momento, minha alma gritou: ‘meu Deus, se o Senhor existe como está escrito na Bíblia, eu quero que mude o meu cativeiro’. Dali em diante, eu passei a sentir nojo das drogas e a acreditar na Palavra de Deus. No livro de Atos, li a respeito do Espírito Santo e comecei a buscá-Lo na cela. Com isso, pude contemplar o Próprio Deus dizendo que era comigo e comecei a ter paz. Eu escutava a Palavra Amiga, do Bispo Macedo, no rádio, deixava meu alimento de lado e, mesmo com a zombaria dos companheiros, começava a meditar naquela Palavra. No dia seguinte, eu procurava algum interno para transmiti-La”.

Ao receber o Espírito Santo, Edmilson se tornou apto a voltar à vida em sociedade. E, para se manter na prática da justiça, ele permanece distante de tudo o que quase o levou à morte. “Deixei as drogas, o vício pelo dinheiro fácil e a prostituição. Hoje, ando com a cabeça erguida e contemplo o que Deus tem feito. Eu falo para as pessoas que estão no mundo que eu vivi que há um Deus que pode transformar tudo, porque eu era um caso perdido e Ele me transformou em uma nova criatura”, enfatiza.

Deus odeia a injustiça
O Bispo Edir Macedo explica que, infelizmente, muitas pessoas não alcançam a misericórdia de Deus, não porque Ele seja limitado na Sua misericórdia, mas porque elas não querem sacrificar em favor da Palavra de Deus.

O apóstolo Paulo diz: “E agora digo isto irmãos que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção” (1 Coríntios 15.50). Isso é tão sério que, em outra passagem, Paulo alerta que a ira de Deus cai sobre os que vivem na desobediência, ou seja, na prática do que é injusto (Colossenses 3.5,6). “Deus é justiça e, por ser a justiça, Ele não tolera e odeia a injustiça. Alguns pensam que Deus é tolerante porque está escrito que Deus é amor, mas que tipo de amor você acha que Deus é? Como o amor que nós confessamos uns para os outros? O amor que até mata? Deus é amor, sim, mas é um amor que está sujeito à justiça. Ele não pode amar e passar por cima da justiça. Ele não pode amar e ser injusto”, ressalta o Bispo.

O Bispo esclarece que, mesmo nos amando, Deus não tolera as nossas atitudes erradas. Por isso, avalie o que você tem colhido. Uma vida pautada na justiça vai fazer você colher também frutos de justiça. Já os resultados de uma vida injusta também serão injustos.

fonte: Universal.org

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