As vestiduras brancas

200315121-001 Os que praticam a Palavra de Deus não contaminam as suas vestes.

Se a pessoa, humildemente, reconhece que tem estado num sono espiritual, e desperta para agir a sua fé, com base na Palavra de Deus, então o fator primordial para a sua Salvação, que é o arrependimento, vai fazê-la ressuscitar para a vida eterna.

Finalmente o Senhor Jesus alerta, dizendo: “… Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti”. Apocalipse 3.3

Para as demais igrejas, o Senhor mostra a realidade em que vivem e o que lhes sucederá caso não se arrependam, mas aos cristãos em Sardes Ele mostra que devem vigiar.

Em outras palavras, se eles não vigiarem, serão surpreendidos pela Sua volta. E não é este também o sentido da parábola das dez virgens (Mateus 25), simbolizando a Igreja? Cinco dentre elas eram néscias, pois não traziam azeite consigo e não estavam preparadas para participarem das bodas do noivo.

No contexto da igreja em Sardes, o Senhor Jesus fala de um ladrão, que só é percebido quando já foi embora. O prejuízo já foi causado e não há mais jeito! Assim será na Sua segunda vinda. Tudo já estará decidido, de maneira que quem ficar ficou…

Não é por acaso que Sardes também significa “remanescente”, pois o Senhor acrescenta: “Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto Comigo, pois são dignas”. Apocalipse 3.4

Estas poucas pessoas, embora fizessem parte daquela comunidade, eram separadas, pois não se contaminaram com o procedimento das outras. Isto significa que em Sardes há uma separação radical entre a morte e a vida, a Luz e as trevas.

Como é possível na igreja haver tamanha diferença? Porque há aqueles que não se deixam contaminar com a sujeira dos demais; que não pautam as suas vidas de acordo com a dos outros, mas sim de acordo com a Palavra de Deus.

Há muitas pessoas caindo na fé simplesmente por ficarem a observar a vida alheia. Em vez de cuidarem de si, espelham-se no mau exemplo dos outros. Ora, o Senhor Jesus disse que se um cego é guia de outro, ambos cairão no barranco. Mateus 15.14

Isto também é válido para os justos que se deixam influenciar pelo caminho dos injustos. Com eles acontece o efeito dominó: se um cai, os demais também caem.

Os poucos que não contaminaram as suas vestiduras são aqueles que praticaram a Palavra do Senhor, e não a dos demais “irmãos”. A figura destas poucas pessoas, que andarão de branco com o Senhor, tem relação com a visão de Jeremias sobre os dois cestos de figos. Jeremias 24

Os exilados de Judá, que obedeceram à voz do Senhor e aceitaram ser deportados para a Babilônia, são representados pelo cesto de figos muito bons. Eles confiaram na promessa de Deus, que voltariam para a Palestina.

Esta fé na Palavra de Deus mais tarde os fez alcançar a graça divina. Aqueles, porém, que permaneceram em Jerusalém, contrariando a vontade de Deus, foram considerados como figos muito ruins, que de tão ruins não se podia comê-los. Por isso, sofreram o juízo divino. Eles eram a casa real de Judá, que foi rejeitada.

Estas duas figuras, tanto dos poucos salvos de Sardes quanto daqueles de Judá, considerados muito bons, alertam a todos os que têm interesse na vida eterna que o Senhor não tolera o “mais ou menos”: “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno”. Mateus 5.37

Ninguém é mais ou menos de Deus! Ou é nascido de Deus ou não é! Ou as suas vestiduras estão brancas pela dignidade, pureza e santidade, ou não! As vestiduras brancas são justamente as dos vencedores, pois o nosso Senhor conclui:

“O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de Meu Pai e diante dos Seus anjos.” Apocalipse 3.5

 

Por bispo Edir Macedo(universal.org)

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